

Este é o Blogue das Bibliotecas do Agrupamento da Escolas de Vila Real de Santo António. Nestas páginas podes ler e-books, ouvir histórias, declamações e canções de autores de língua portuguesa, fazer pesquisas, ter acesso a tutoriais e recursos de apoio ao ensino. Estamos a trabalhar para disponibilizar o maior número de recursos possíveis. Fica atento às novidades.




A Mulher Comestível, (colecção Dois Mundos), Livros do Brasil
A Impostora, (colecção Dois Mundos), Livros do Brasil
Crónica de uma Serva (colecção Nébula), Europa-América
Olho de Gato ( colecção XX), Europa-América
Criminosa ou Inocente? (colecção Dois Mundos), Livros do Brasil
O Assassino Cego, Livros do Brasil
Órix e Crex - O Último Homem, Edições Asa


 
  infância. Em entrevista ao Jornal de Letras (ver na nossa Biblioteca) diz-nos dessa revisitação: "Não quero reencontrar o tempo perdido, apenas quero celebrá-lo, intimamente, ou através do que vai virando literatura. Regressar à infância é também estar com uma gente que não existe, incluindo nós mesmos".
infância. Em entrevista ao Jornal de Letras (ver na nossa Biblioteca) diz-nos dessa revisitação: "Não quero reencontrar o tempo perdido, apenas quero celebrá-lo, intimamente, ou através do que vai virando literatura. Regressar à infância é também estar com uma gente que não existe, incluindo nós mesmos". 
 
 "Gostaria de ser recordado como o escritor que criou a personagem do cão das lágrimas [Ensaio sobre a Cegueira]. É uma dos momentos mais belos que fiz até hoje enquanto escritor. se no futuro puder ser recordado como "aquele tipo que fez aquela coisa do caõ que bebeu as lágrimas da mulher", ficarei contente. Se alguém procurar naquilo que eu tenho escrito uma certa mensagem, atrevo-me pela primeira vez a dizer que essa mensagem está aí. A compaixão dessa mulher que tenta salvar o grupo em que está o seu marido é equivalente à compaixão daquele cão que se aproxima de um ser humano em desespero e que, não podendo fazer mais nada, lhe bebe as lágrimas."
 "Gostaria de ser recordado como o escritor que criou a personagem do cão das lágrimas [Ensaio sobre a Cegueira]. É uma dos momentos mais belos que fiz até hoje enquanto escritor. se no futuro puder ser recordado como "aquele tipo que fez aquela coisa do caõ que bebeu as lágrimas da mulher", ficarei contente. Se alguém procurar naquilo que eu tenho escrito uma certa mensagem, atrevo-me pela primeira vez a dizer que essa mensagem está aí. A compaixão dessa mulher que tenta salvar o grupo em que está o seu marido é equivalente à compaixão daquele cão que se aproxima de um ser humano em desespero e que, não podendo fazer mais nada, lhe bebe as lágrimas." No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui --- ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça,
com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado---,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...





A professora Ana Luísa publicou o seu terceiro livro para Chá das Cinco, uma das marcas da editora Saida de Emergência.
O Livro Perdido de Camões
Um romance espiritual sobre as aventuras do mais famoso poeta português.
Homem sofrido, guerreiro arrojado, poeta imortal. Luís de Camões não se limitou a cantar a alma portuguesa. Foi mais longe, e viveu-a. O Livro Perdido de Camões é a história dessa vida. Preso entre o que gostaria de ter feito, o que lhe foi possível fazer e o que os outros dele esperavam, Camões viveu entre dúvida e desejo, perda e desencanto,
cumplicidade e amor, num agreste destino do qual foi inteiramente lúcido.
“Não foram as penas, o destrato dos homens, a indiferença das mulheres, os desencontros, a prisão, a morte dos amigos, a ingratidão da pátria, a falta de mãe que me envelheceram. O que me tornou velho foi ter deixado de sonhar. Desisti. E decidi morrer. Pérola embaciada no fio da minha história.” 


Criado por Yver Béhar para o projecto One Laptop Per Child (OLPC) é robusto ergonómico e de óptimo design. O laptop 100 dólares tem como principal objectivo mudar o mundo. O projecto OLPC foi criado para dotar as crianças de países em desenvolvimento de uma ferramenta que lhes permita «aprenderem a aprender». Através do XO as crianças têm acesso a novos canais de aprendizagem e, no futuro, serão capazes de encontrar soluções para os seus vários problemas como a pobreza a fome e a doença. Verde por fora e por dentro, é resistente à poeira e aos líquidos, pois nos países em desenvolvimento as aulas têm muitas vezes lugar ao ar livre, e tem um baixo consumo de energia (é possível carregá-lo com a mão ou com energia solar.
Por tudo isto, o Design Museum de Londres outorgou-lhe o prémio de «Design do Ano».
Se em 2007 governos e filantropos encomendaram 600 mil unidades, a segunda geração deste computador, o XOXO, terá certamente um sucesso ainda maior. O objectivo é reduzir o seu custo para 75 dólares (menos de 50 euros) e o consumo de energia para metade. Uma alegria verde para muitos meninos esquecidos do nosso planeta.
 
 