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Este é o Blogue das Bibliotecas do Agrupamento da Escolas de Vila Real de Santo António. Nestas páginas podes ler e-books, ouvir histórias, declamações e canções de autores de língua portuguesa, fazer pesquisas, ter acesso a tutoriais e recursos de apoio ao ensino. Estamos a trabalhar para disponibilizar o maior número de recursos possíveis. Fica atento às novidades.
A Mulher Comestível, (colecção Dois Mundos), Livros do Brasil
A Impostora, (colecção Dois Mundos), Livros do Brasil
Crónica de uma Serva (colecção Nébula), Europa-América
Olho de Gato ( colecção XX), Europa-América
Criminosa ou Inocente? (colecção Dois Mundos), Livros do Brasil
O Assassino Cego, Livros do Brasil
Órix e Crex - O Último Homem, Edições Asa
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui --- ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça,
com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado---,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
A professora Ana Luísa publicou o seu terceiro livro para Chá das Cinco, uma das marcas da editora Saida de Emergência.
O Livro Perdido de Camões
Um romance espiritual sobre as aventuras do mais famoso poeta português.
Homem sofrido, guerreiro arrojado, poeta imortal. Luís de Camões não se limitou a cantar a alma portuguesa. Foi mais longe, e viveu-a. O Livro Perdido de Camões é a história dessa vida. Preso entre o que gostaria de ter feito, o que lhe foi possível fazer e o que os outros dele esperavam, Camões viveu entre dúvida e desejo, perda e desencanto,
cumplicidade e amor, num agreste destino do qual foi inteiramente lúcido.
“Não foram as penas, o destrato dos homens, a indiferença das mulheres, os desencontros, a prisão, a morte dos amigos, a ingratidão da pátria, a falta de mãe que me envelheceram. O que me tornou velho foi ter deixado de sonhar. Desisti. E decidi morrer. Pérola embaciada no fio da minha história.”
Criado por Yver Béhar para o projecto One Laptop Per Child (OLPC) é robusto ergonómico e de óptimo design. O laptop 100 dólares tem como principal objectivo mudar o mundo. O projecto OLPC foi criado para dotar as crianças de países em desenvolvimento de uma ferramenta que lhes permita «aprenderem a aprender». Através do XO as crianças têm acesso a novos canais de aprendizagem e, no futuro, serão capazes de encontrar soluções para os seus vários problemas como a pobreza a fome e a doença. Verde por fora e por dentro, é resistente à poeira e aos líquidos, pois nos países em desenvolvimento as aulas têm muitas vezes lugar ao ar livre, e tem um baixo consumo de energia (é possível carregá-lo com a mão ou com energia solar.
Por tudo isto, o Design Museum de Londres outorgou-lhe o prémio de «Design do Ano».
Se em 2007 governos e filantropos encomendaram 600 mil unidades, a segunda geração deste computador, o XOXO, terá certamente um sucesso ainda maior. O objectivo é reduzir o seu custo para 75 dólares (menos de 50 euros) e o consumo de energia para metade. Uma alegria verde para muitos meninos esquecidos do nosso planeta.