Este é o Blogue das Bibliotecas do Agrupamento da Escolas de Vila Real de Santo António. Nestas páginas podes ler e-books, ouvir histórias, declamações e canções de autores de língua portuguesa, fazer pesquisas, ter acesso a tutoriais e recursos de apoio ao ensino. Estamos a trabalhar para disponibilizar o maior número de recursos possíveis. Fica atento às novidades.
sexta-feira, dezembro 17, 2010
quarta-feira, dezembro 15, 2010
segunda-feira, dezembro 13, 2010
domingo, dezembro 12, 2010
Alexander´s Ragtime
Audição de Natal 2010
Alunos da Escola Secundária de VRSA - Instrumentistas sopro e percursão
Alexander´s Ragtime
Espero que gostem
Alunos da Escola Secundária de VRSA - Instrumentistas sopro e percursão
Alexander´s Ragtime
Espero que gostem
sábado, dezembro 11, 2010
quinta-feira, dezembro 09, 2010
domingo, dezembro 05, 2010
quinta-feira, dezembro 02, 2010
A incrível história das linhas de Torres Vedras
Há coisas muito boas em Torres Vedras: o Carnaval, os pastéis de feijão e esta história.
A incrível história das linhas de Torres Vedras
A incrível história das linhas de Torres Vedras
terça-feira, novembro 30, 2010
domingo, novembro 28, 2010
sexta-feira, novembro 26, 2010
sábado, novembro 20, 2010
quarta-feira, novembro 17, 2010
domingo, novembro 14, 2010
quinta-feira, novembro 11, 2010
2000/2001
1999/2000
A sala de entrada da nossa biblioteca correspondia ao espaço da antiga e tradicional biblioteca existente até ao ano lectivo 1999/2000. No final de 1999/2000, procedeu-se à ampliação das instalações da Biblioteca da nossa escola, de modo a criar um espaço multimédia que funcionou em pleno em 2000/2001
quarta-feira, novembro 10, 2010
segunda-feira, novembro 08, 2010
domingo, novembro 07, 2010
sábado, novembro 06, 2010
sexta-feira, novembro 05, 2010
Acção de Formação
quarta-feira, novembro 03, 2010
sábado, outubro 30, 2010
sexta-feira, outubro 29, 2010
quarta-feira, outubro 27, 2010
terça-feira, outubro 26, 2010
segunda-feira, outubro 25, 2010
Dia das Bibliotecas Escolares
O Mês Internacional da Biblioteca Escolar comemora-se em Outubro desde 2008 por decisão da International Association of School Librarianship (IASL), de forma a recordar no mundo o papel importante de uma Biblioteca Escolar na formação do indivíduo.
...Em Portugal, o Dia Internacional da Biblioteca Escolar é celebrado, todos os anos, na última segunda-feira do mês de Outubro. Foi comemorado pela primeira vez a 18 de Outubro de 1999.
A Biblioteca Escolar é um espaço da descoberta de que lá não existem unicamente livros mas é, também, o espaço de pesquisa onde até CD-ROM’s temáticos podemos encontrar, a par disso, é um espaço de realização de trabalhos individuais e em grupo; espaço de multimédia que também tem vídeos e DVD’s; e melhor ainda, na Biblioteca Escolar, também se podem encontrar exposições e ouvir conferências ou ainda ouvir poesia e música, conhecer escritores…
A Biblioteca Escolar é, assim, nos dias de hoje, muito mais do que um mero “depósito de livros”! As Bibliotecas Escolares promovem as competências nas áreas da Leitura, da Literacia e da Informação e ajudam a criar nos seus utilizadores uma necessidade permanente de aprender, ao longo de toda a sua vida.
Patrícia Neves
sábado, outubro 23, 2010
quarta-feira, outubro 20, 2010
Exposição «Os Gémeos» CCB
Com algum atraso, porque há um mês que a exposição fechou.
«É possível que já tenha passado por criações da autoria deles, nas ruas de São Paulo, Berlim, Londres ou Nova Iorque. São fáceis de identificar. Normalmente são cenas etéreas povoadas de amarelos e roxos, com olhos inocentes, crianças de pernas franzinas e cabeças enormes, inscritas em murais de grandes dimensões, em prédios devolutos. É difícil não fixar essas imagens pictóricas. Pela escala, poesia e forma como interagem com o espaço envolvente. Criam um clima de romantismo na desordem urbana.
A dupla brasileira Os Gémeos, os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, 35 anos, são duas das figuras mais importantes do graffiti, ou arte de rua. Nos últimos anos já não criam apenas nas artérias das grandes cidades. São também solicitados para expor em galerias, bienais, museus. (...)»
«As suas criações contemplam visões do quotidiano, cenas simples mas sensualmente ricas, evocações dos esquecidos das margens da sociedade ou retratos comoventes de famílias. É um imaginário sonhador e intimista, às vezes burlesco e possuído pela crítica social, aquele que por norma propõem.
Quando interrogamos Gustavo sobre o que os inspira, a resposta surge em rajada: "O nosso trabalho reflecte as vivências, o olhar, os sonhos, as histórias, os relacionamentos familiares, a poesia, a música, a comida, o folclore do Brasil, o silêncio, pessoas que vivem com salários de miséria mas estão sorrindo, tudo isso é filtrado."
É caso para dizer que a arte de rua, durante décadas desvalorizada, já não se move apenas no maior museu a céu aberto do mundo, a rua, mas também nos espaços museológicos que, durante anos, tinham reticências em aceitá-la. Nunca como no contexto actual as técnicas do graffiti pareceram tão próximas das dinâmicas regulares da arte contemporânea. Na rua, ou na galeria, o traço pictórico lúdico que Os Gémeos colocam na sua actividade é reconhecido, tem identidade, projectando ideias que tornam a vida mais interpeladora. Se isso não é arte é o quê?»
do Blog: Diário de uma Sobrevivente da Crise
Mudança da Biblioteca
A Biblioteca passou para o átrio da escola e lá ficará enquanto as obras durarem.
Mas o blog continua e o Face também. Podem visitá-los.
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Biblioteca,
Escola em obras
quarta-feira, setembro 08, 2010
Sejam muito bem vindos ao ano lectivo 2010-2011
sexta-feira, agosto 20, 2010
quinta-feira, junho 24, 2010
RELAÇÃO FILOSÓFICA
A Filosofia concebe-se pelo esplendor da realidade, na vivência da mesma e actualização do acontecer, numa entrega total, com o rigor da objectividade e pura racionalidade; a filosofia vai iluminando, separando, abrindo fronteiras e clarificando ideias, conferindo o sentido às almas perdidas que estão atulhadas de emoções desenfreadas, ante o abismo do suicídio. A Filosofia faz o levantamento da verdade, tentando exibir o universal e ao lado as outras ciências vão fazendo as suas notas em acordo com os ingredientes vitais, divorciando-se do lixo do irracional.
A realidade do quotidiano precisa ser depurada e a Filosofia purifica-a, convertendo-a em zona de luz, divorciando-se das azinhagas sombrias.
A vida está tomada pelo desejo cujo sentido consiste na realização do mesmo, atingindo a felicidade, por uma vivência real de presença. A filosofia pela sua prática possibilita o alcance daquilo que é e não do faz-de-conta! Não quero amigos temporários nem provisórios, mas consistentes, reais e que durem para sempre! A Filosofia oferece a possibilidade de alcance e pela sua prática atinge-se ou vai-se atingindo gradualmente esse propósito que é a felicidade do homem. A Filosofia desconstrói hábitos e outras rotinas, mas, aperfeiçoa relações, activando o princípio de vitalidade dos seus conteúdos. A Filosofia para alguns incomoda porque os empurra do marasmo da sonolência, da preguiça mental, o tal ócio de circunstância a que muitos vivem presos! Mudar de atitudes é por vezes bastante violento, especialmente aos acomodados. Tomar a aparência como realidade é uma das piores atitudes que se pode ter, em vez de exibir a realidade nua e crua, o sujeito é tomado no sonho enquanto o corpo vegeta e as secreções libertam-se pelos poros. A surpresa, o acordar conduz sempre ao espanto, a sombra forjada da poesia passa a ter luz e a iluminação coloca a tónica na racionalidade que conduz o humano a realizar conscientemente aquilo que deve ser feito, não por imposição mas por livre vontade, as tais vivências, o lado prático da corrente filosófica; contudo, a descontinuidade é atrevida, agita o humano… a falta de firmeza lança-o para o pântano da dúvida que corrói os neurónios, enquanto o equilíbrio mansamente se vem instalando devolvendo as impurezas e alcançando o império da razão. Relações filosóficas estabelecem-se e nesse mesmo compromisso instala-se a felicidade como condição do humano.
Construo o meu mundo pela relação na existência de um espaço tempo, onde comungamos de todos os compassos que se escrevem entre as interrogações da memória, cujos flancos sedimentam pedaços de formas que procuram organização, a sua coerência, a imprescindível relação, a harmonia onde tudo activa o princípio da felicidade e o instante é mais do que o propósito, mas sim o fluxo vital.
A filosofia habita no castelo interior de ti, precisas activar o êmbolo da relação, precisas, pensar por ti, olhar mais atentamente e avançar com autonomia, atravessando todos os campos ainda que alguns estejam coberto por sonhos. O estuário da razão conduz-te para sentires tudo o que te está disponível, isso de que tanto anseias… liberta-te dos preconceitos, das algemas de uma sociedade decadente e sê tu, dominando a força libertadora do teu “eu” para que a diferença mostre a qualidade. Renasce por cada momento, ergue a tua força porque a decisão final está por acontecer, ninguém compreende o absoluto, ainda se sustenta num segredo… os teus sentimentos não serão suficientes para desocultar esse tesouro. Olha o céu, respira o ar puro, deixa-te tomar pelos sons da natureza e em breve todas as formas se ajustarão ao templo da felicidade que está dentro de ti… esta será a relação filosófica mais bela, porque te sentes enquanto ser lançado à natureza.
Jorge Ferro Rosa
A realidade do quotidiano precisa ser depurada e a Filosofia purifica-a, convertendo-a em zona de luz, divorciando-se das azinhagas sombrias.
A vida está tomada pelo desejo cujo sentido consiste na realização do mesmo, atingindo a felicidade, por uma vivência real de presença. A filosofia pela sua prática possibilita o alcance daquilo que é e não do faz-de-conta! Não quero amigos temporários nem provisórios, mas consistentes, reais e que durem para sempre! A Filosofia oferece a possibilidade de alcance e pela sua prática atinge-se ou vai-se atingindo gradualmente esse propósito que é a felicidade do homem. A Filosofia desconstrói hábitos e outras rotinas, mas, aperfeiçoa relações, activando o princípio de vitalidade dos seus conteúdos. A Filosofia para alguns incomoda porque os empurra do marasmo da sonolência, da preguiça mental, o tal ócio de circunstância a que muitos vivem presos! Mudar de atitudes é por vezes bastante violento, especialmente aos acomodados. Tomar a aparência como realidade é uma das piores atitudes que se pode ter, em vez de exibir a realidade nua e crua, o sujeito é tomado no sonho enquanto o corpo vegeta e as secreções libertam-se pelos poros. A surpresa, o acordar conduz sempre ao espanto, a sombra forjada da poesia passa a ter luz e a iluminação coloca a tónica na racionalidade que conduz o humano a realizar conscientemente aquilo que deve ser feito, não por imposição mas por livre vontade, as tais vivências, o lado prático da corrente filosófica; contudo, a descontinuidade é atrevida, agita o humano… a falta de firmeza lança-o para o pântano da dúvida que corrói os neurónios, enquanto o equilíbrio mansamente se vem instalando devolvendo as impurezas e alcançando o império da razão. Relações filosóficas estabelecem-se e nesse mesmo compromisso instala-se a felicidade como condição do humano.
Construo o meu mundo pela relação na existência de um espaço tempo, onde comungamos de todos os compassos que se escrevem entre as interrogações da memória, cujos flancos sedimentam pedaços de formas que procuram organização, a sua coerência, a imprescindível relação, a harmonia onde tudo activa o princípio da felicidade e o instante é mais do que o propósito, mas sim o fluxo vital.
A filosofia habita no castelo interior de ti, precisas activar o êmbolo da relação, precisas, pensar por ti, olhar mais atentamente e avançar com autonomia, atravessando todos os campos ainda que alguns estejam coberto por sonhos. O estuário da razão conduz-te para sentires tudo o que te está disponível, isso de que tanto anseias… liberta-te dos preconceitos, das algemas de uma sociedade decadente e sê tu, dominando a força libertadora do teu “eu” para que a diferença mostre a qualidade. Renasce por cada momento, ergue a tua força porque a decisão final está por acontecer, ninguém compreende o absoluto, ainda se sustenta num segredo… os teus sentimentos não serão suficientes para desocultar esse tesouro. Olha o céu, respira o ar puro, deixa-te tomar pelos sons da natureza e em breve todas as formas se ajustarão ao templo da felicidade que está dentro de ti… esta será a relação filosófica mais bela, porque te sentes enquanto ser lançado à natureza.
Jorge Ferro Rosa
HOMENAGEM A JOSÉ SARAMAGO
(dedicado a José Saramago)
Bateram as horas, senti as forças tomarem-me como que se algo dentro de mim se fosse separar, assim de um modo violento! Um poema possível, uma outra mensagem que as entrelinhas guardavam entre mundos possíveis de palavras em construção ou talvez desconstrução. Os sons parecem inchar e os segmentos de recta quedarem-se sem que exista mais aquele atrevimento do ensejo… os caminhos conduziram-me aos pântanos da interrogação e das formas verbais com que escrevi o teu nome entre tantos nomes. Todos os nomes! Escrevi, fechei o caderno, mas senti que devia dizer-te muito mais ante tudo o que noutros tempos tivera escrito e que nunca partilhei.
As gotas do coração são manhosas, a angústia existencial corre, deixa-me tonto, vazio e sinto algo que me transporta para um outro patamar, muito esquisito. Relembro amigos e conhecidos, alguns morreram, outros ainda estão por cá! Sinto saudades e a dor atenua quando circulam as memórias… leio livros, desfolho recordações e nada passa de momentos. Morreste! Morreste-me diria o José Luís Peixoto! Recordo-te. Penso-te. Sinto o teu olhar, ouço a tua voz e toda a verdade corre-me pelas veias, o sangue do sentido… eras aquilo que eras, não podias ser outra coisa, a não ser um ser, uma verdade resistente!
Eras o homem que guardava aquilo que sentia de modo único, tu dizias por mim aquilo que silenciei… os outros ouviam, incomodavam-se mas, preferiam viver na ignorância. Agora digo, e continuarei a dizer. Desculpa-me, não tenho que partilhar contigo isto. Contigo, com alguém ou com ninguém. Esses outros preferiam… sentiam ódio por ti, por não conseguirem dizer o que tu dizias. Sempre disseste a verdade! Eras o que eras. Eras isso mesmo. Um homem, um humano, um talento, um racional, um verdadeiro… nada de hipocrisias, nada de faz-de-conta! Defendias a realidade e não a mentira ou mundos de outras palavras. Eras assim, assim como sempre achei que a realidade fazia e faz sentido. Que dizer depois? Que fazer? Nada. Político, poeta, escritor, Filósofo. Um homem de grande luz. O povo esteve contigo, ainda continua contigo mesmo depois de teres partido! José Saramago! Isso. Estamos todos contigo para sempre, ainda que as cinzas sem a poeira do cosmos!
Como me lembro de ti! Lembro… lembro-me desde os tempos de Faculdade, desde o tempo em que te lia com alguns amigos que já partiram – o Luís Caldeira! Outros… entre os meus amigos de Faculdade, figura o José Luís Peixoto, sim, aquele jovem que tem um pedaço de ti. Naquele tempo eram os poemas… Tudo é em determinado momento da vida! Não sei porque ao lembrar-me de ti me lembro também dele. Estranho! Li os dois escritores e os dois tocaram-me de modo diferente. É tão estranho isto, muito estranho mesmo. Mas deixa estar.
Palavras de homenagem, palavras que ninguém as pode apagar, nem com a cegueira, nem com os evangelhos, muito menos com todos os ensaios… nada. És imortal. Qual terra de pecado, apenas são as tuas palavras deste e do outro mundo, são nesta viagem apontamentos que ficam em cadernos, dos dias do sim e do não, seja de Caim a Abel! Seja o que possa ser, tu morreste-me como diria o José Luís Peixoto ou como escrevi naquele tempo no caderno da minha alma que agora ficou reservado a um outro período, a um outro cortejo! Não sei porque estou meio estranho nesta noite, apenas estou e o tempo continua a passar...
Chama-me do que quiseres, serei indiferente à tua posição, sou ateu, comunista, sou tudo e nada sou, porque parecendo que sou, a morte diz que não sou nada, apenas recordação temporária, mas tu, sim, tu és imortal neste meu Portugal. Este ano é o ano da morte! Foi a tua morte… terrível, essa maldita, assassina. Que impotência perante a morte, total resignação. Desgraçada morte e quem te inventou. Seria melhor que não existisses, uma vez que causas revolta e desordem. Esta é a desordem da noite neste momento em que o único momento é este, o ter-te no pensamento e em glória te dedico este texto, num erguerem-se todas as palavras à tua imortalidade pelos feitos das tuas palavras. José Saramago, és eterno e o mundo contigo é racional.
Bem, neste momento falar da morte pouco adianta! Porque ela te levou? O facto é que ela é a grande dona de tudo… já levou tanta gente da minha família, das mais diversas formas. Leva todos e a ti também que lês os meus desabafos, estas palavras ácidas, corrosivas, mas quentes, com o cheiro a sangue! Sobejamente agrada-me o ainda poder pensar-te e recordar-te, sinal que ainda estou vivo. O que me resta entre os devaneios da memória são palavras para te coroar e com todos os que estão contigo, José Saramago, o teu nome é para perpetuar. Até ao nosso outro encontro, face aos apetites do divino que será o descanso eterno entre as palavras que ficam por pronunciar.
Vila Real de Santo António, 22 de Junho de 2010 – 23:02h
Jorge Ferro Rosa
Bateram as horas, senti as forças tomarem-me como que se algo dentro de mim se fosse separar, assim de um modo violento! Um poema possível, uma outra mensagem que as entrelinhas guardavam entre mundos possíveis de palavras em construção ou talvez desconstrução. Os sons parecem inchar e os segmentos de recta quedarem-se sem que exista mais aquele atrevimento do ensejo… os caminhos conduziram-me aos pântanos da interrogação e das formas verbais com que escrevi o teu nome entre tantos nomes. Todos os nomes! Escrevi, fechei o caderno, mas senti que devia dizer-te muito mais ante tudo o que noutros tempos tivera escrito e que nunca partilhei.
As gotas do coração são manhosas, a angústia existencial corre, deixa-me tonto, vazio e sinto algo que me transporta para um outro patamar, muito esquisito. Relembro amigos e conhecidos, alguns morreram, outros ainda estão por cá! Sinto saudades e a dor atenua quando circulam as memórias… leio livros, desfolho recordações e nada passa de momentos. Morreste! Morreste-me diria o José Luís Peixoto! Recordo-te. Penso-te. Sinto o teu olhar, ouço a tua voz e toda a verdade corre-me pelas veias, o sangue do sentido… eras aquilo que eras, não podias ser outra coisa, a não ser um ser, uma verdade resistente!
Eras o homem que guardava aquilo que sentia de modo único, tu dizias por mim aquilo que silenciei… os outros ouviam, incomodavam-se mas, preferiam viver na ignorância. Agora digo, e continuarei a dizer. Desculpa-me, não tenho que partilhar contigo isto. Contigo, com alguém ou com ninguém. Esses outros preferiam… sentiam ódio por ti, por não conseguirem dizer o que tu dizias. Sempre disseste a verdade! Eras o que eras. Eras isso mesmo. Um homem, um humano, um talento, um racional, um verdadeiro… nada de hipocrisias, nada de faz-de-conta! Defendias a realidade e não a mentira ou mundos de outras palavras. Eras assim, assim como sempre achei que a realidade fazia e faz sentido. Que dizer depois? Que fazer? Nada. Político, poeta, escritor, Filósofo. Um homem de grande luz. O povo esteve contigo, ainda continua contigo mesmo depois de teres partido! José Saramago! Isso. Estamos todos contigo para sempre, ainda que as cinzas sem a poeira do cosmos!
Como me lembro de ti! Lembro… lembro-me desde os tempos de Faculdade, desde o tempo em que te lia com alguns amigos que já partiram – o Luís Caldeira! Outros… entre os meus amigos de Faculdade, figura o José Luís Peixoto, sim, aquele jovem que tem um pedaço de ti. Naquele tempo eram os poemas… Tudo é em determinado momento da vida! Não sei porque ao lembrar-me de ti me lembro também dele. Estranho! Li os dois escritores e os dois tocaram-me de modo diferente. É tão estranho isto, muito estranho mesmo. Mas deixa estar.
Palavras de homenagem, palavras que ninguém as pode apagar, nem com a cegueira, nem com os evangelhos, muito menos com todos os ensaios… nada. És imortal. Qual terra de pecado, apenas são as tuas palavras deste e do outro mundo, são nesta viagem apontamentos que ficam em cadernos, dos dias do sim e do não, seja de Caim a Abel! Seja o que possa ser, tu morreste-me como diria o José Luís Peixoto ou como escrevi naquele tempo no caderno da minha alma que agora ficou reservado a um outro período, a um outro cortejo! Não sei porque estou meio estranho nesta noite, apenas estou e o tempo continua a passar...
Chama-me do que quiseres, serei indiferente à tua posição, sou ateu, comunista, sou tudo e nada sou, porque parecendo que sou, a morte diz que não sou nada, apenas recordação temporária, mas tu, sim, tu és imortal neste meu Portugal. Este ano é o ano da morte! Foi a tua morte… terrível, essa maldita, assassina. Que impotência perante a morte, total resignação. Desgraçada morte e quem te inventou. Seria melhor que não existisses, uma vez que causas revolta e desordem. Esta é a desordem da noite neste momento em que o único momento é este, o ter-te no pensamento e em glória te dedico este texto, num erguerem-se todas as palavras à tua imortalidade pelos feitos das tuas palavras. José Saramago, és eterno e o mundo contigo é racional.
Bem, neste momento falar da morte pouco adianta! Porque ela te levou? O facto é que ela é a grande dona de tudo… já levou tanta gente da minha família, das mais diversas formas. Leva todos e a ti também que lês os meus desabafos, estas palavras ácidas, corrosivas, mas quentes, com o cheiro a sangue! Sobejamente agrada-me o ainda poder pensar-te e recordar-te, sinal que ainda estou vivo. O que me resta entre os devaneios da memória são palavras para te coroar e com todos os que estão contigo, José Saramago, o teu nome é para perpetuar. Até ao nosso outro encontro, face aos apetites do divino que será o descanso eterno entre as palavras que ficam por pronunciar.
Vila Real de Santo António, 22 de Junho de 2010 – 23:02h
Jorge Ferro Rosa
sexta-feira, junho 18, 2010
domingo, junho 13, 2010
Os jovens e o crime
Os jovens e o Crime
Blogue da área de projecto dos alunos do 12º E Isa Duarte, Miguel Conceição, Rafaela Oliveira, Sónia Palma e Susana Martins.
sábado, junho 12, 2010
quinta-feira, junho 10, 2010
Audição final do Ano Lectivo
Um momento inesquecível cheio de frames magníficas fizeram-nos ficar presos ao palco do Centro Cultural António Aleixo de Vila Real de Santo António, no dia 09 de Junho de 2010 pelas 21:00h.
A concluir as actividades do Ano Lectivo de 2009/2010, o Conservatório Regional de Vila Real de Santo António, proporciona-nos um espectáculo ímpar com “música no coração” para todas as idades. Fomos até lá e assistimos a tudo. Fizemos os nossos registos! Os nossos alunos estiveram muito bem, tocaram e encantaram o público. O programa contemplou vários momentos, entre eles, dança, piano, acordeão, viola dedilhada, grupo coral de Altura – quarteto 2010, Classe T.A.M. – Curso Profissional de Instrumentistas, violino, sopros, Percussão, Naipe / Orquestra. Aqui fica apenas uma amostra.
Deixamos os nossos parabéns aos professores Ricardo Carvalho e Paula Baioa bem como a todos os que de uma forma ou de outra estiveram empenhados neste evento. Bem-hajam!
(Professor Rui Martins dirige os seus alunos, num momento de Viola Dedilhada) - Alunos do Curso Profissional de Instrumentistas - Tiago Lopes, José Batista, Miguel Paz, João Mestre e Edgar Ribeiro.
(Viola Dedilhada - O impacto que as cordas têm e o encanto das melodias, entre elas "Woogie Boogie!, Minha Casinha, Presto e Verdes Anos)
José Gomes, aluno do professor Emanuel, interpreta no seu Adordeão "Hollywood Boulevard".
(O Professor Ricardo Carvalho dirigindo os seus alunos, num momento de Naipe / Orquestra).
A concluir as actividades do Ano Lectivo de 2009/2010, o Conservatório Regional de Vila Real de Santo António, proporciona-nos um espectáculo ímpar com “música no coração” para todas as idades. Fomos até lá e assistimos a tudo. Fizemos os nossos registos! Os nossos alunos estiveram muito bem, tocaram e encantaram o público. O programa contemplou vários momentos, entre eles, dança, piano, acordeão, viola dedilhada, grupo coral de Altura – quarteto 2010, Classe T.A.M. – Curso Profissional de Instrumentistas, violino, sopros, Percussão, Naipe / Orquestra. Aqui fica apenas uma amostra.
Deixamos os nossos parabéns aos professores Ricardo Carvalho e Paula Baioa bem como a todos os que de uma forma ou de outra estiveram empenhados neste evento. Bem-hajam!
(Professor Rui Martins dirige os seus alunos, num momento de Viola Dedilhada) - Alunos do Curso Profissional de Instrumentistas - Tiago Lopes, José Batista, Miguel Paz, João Mestre e Edgar Ribeiro.
(Viola Dedilhada - O impacto que as cordas têm e o encanto das melodias, entre elas "Woogie Boogie!, Minha Casinha, Presto e Verdes Anos)
José Gomes, aluno do professor Emanuel, interpreta no seu Adordeão "Hollywood Boulevard".
(O Professor Ricardo Carvalho dirigindo os seus alunos, num momento de Naipe / Orquestra).
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