sexta-feira, outubro 30, 2020

OUTUBRO - O Dia de Todos os Santos e o Terramoto de 1755

 A equipa da Biblioteca Escolar deseja a toda a comunidade

                                             um bom DIA DE TODOS OS SANTOS


A Igreja católica celebra anualmente a 1 de novembro a solenidade litúrgica de Todos os Santos, na qual lembra conjuntamente “os eleitos que se encontram na glória de Deus”, tenham ou não sido canonizados oficialmente.

As Igrejas do Oriente foram as primeiras (século IV) a promover uma celebração conjunta de todos os santos.

A data de 1 de novembro foi adotada em primeiro lugar na Inglaterra do século VIII acabando por se generalizar progressivamente no império de Carlos Magno.

Segundo a tradição, em Portugal, no dia de Todos os Santos, as crianças saíam à rua e juntavam-se em pequenos grupos para pedir o ‘Pão por Deus’ de porta em porta: recitavam versos e recebiam como oferenda pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos de pano; nalgumas aldeias chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.

Pelo professor Farinha Alves


Na História de Portugal ...

No dia  1 de Novembro de 1755, feriado, dia de Todos os Santos… deu-se uma catástrofe natural, um terrível terramoto, seguido de tsunami… as igrejas estavam cheias de fiéis a celebrar a sua fé...

 

Este acontecimento iria transformar Lisboa, até aos dias de hoje. Teve a magnitude de 8,5-9,5 (est) Mw. Vitimou entre 10.000 e 90.000 pessoas. O epicentro localizou-se a cerca de 200 ou 300 Km de Lisboa, a Sudoeste de Portugal Continental, no meio do oceano Atlântico. Os especialistas, ainda hoje, não conseguem precisar exatamente o epicentro deste terramoto que destruiu quase na totalidade a cidade de Lisboa, tendo tido um maior impacto na parte baixa da mesma. Como consequência do terramoto, formou-se um tsunami que acabaria por devastar toda a costa portuguesa a sul de Lisboa, indo terminar na baía de Cádiz. O fogo que se seguiu, contribuiu para que a destruição fosse maior.

 

O historiador João Lúcio de Azevedo, narrou o seguinte: “Nos altares oscilam imagens, as paredes bailam, dessoldam-se traves e colunas; ruem as paredes com o som calvo da caliça que esboroa, e de corpos humanos esmagados; no chão onde os mortos repousam aluem os covais, para tapar os vivos[…] O horror todo do inferno em ais e tormentos. Fuga desordenada com atropelos fatais, e o tropeçar contínuo em pedras e cadáveres. […] Por toda a parte ruínas.”                                               

                                                                                Pelo professor Satiro Louzeiro


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