Brevemente na na nossa escola. Para crianças e para adultos. Porque o teatro é quando a imaginação quiser.
Este é o Blogue das Bibliotecas do Agrupamento da Escolas de Vila Real de Santo António. Nestas páginas podes ler e-books, ouvir histórias, declamações e canções de autores de língua portuguesa, fazer pesquisas, ter acesso a tutoriais e recursos de apoio ao ensino. Estamos a trabalhar para disponibilizar o maior número de recursos possíveis. Fica atento às novidades.
sexta-feira, março 27, 2009
Dia Mundial do Teatro
O brasileiro Augusto Boal é o autor da mensagem que, esta noite, será lido nos teatros de todo o mundo
Teatro
«Todas as sociedades humanas são espectaculares no seu quotidiano, e produzem espectáculos em momentos especiais. São espectaculares como forma de organização social, e produzem espectáculos como este que vocês vieram ver.
Mesmo quando inconscientes, as relações humanas são estruturadas em forma teatral: o uso do espaço, a linguagem do corpo, a escolha das palavras e a modulação das vozes, o confronto de ideias e paixões, tudo que fazemos no palco fazemos sempre em nossas vidas: nós somos teatro!
Não só casamentos e funerais são espectáculos, mas também os rituais quotidianos que, por sua familiaridade, não nos chegam à consciência. Não só pompas, mas também o café da manhã e os bons-dias, tímidos namoros e grandes conflitos passionais, uma sessão do Senado ou uma reunião diplomática - tudo é teatro.
Uma das principais funções da nossa arte é tornar conscientes esses espectáculos da vida diária onde os actores são os próprios espectadores, o palco é a plateia e a plateia, palco. Somos todos artistas: fazendo teatro, aprendemos a ver aquilo que nos salta aos olhos, mas que somos incapazes de ver tão habituados estamos a olhar. O que nos é familiar torna-se invisível: fazer teatro, ao contrário, ilumina o palco da nossa vida quotidiana.
Em Setembro do ano passado fomos surpreendidos por uma revelação teatral: nós, que pensávamos viver em um mundo seguro apesar das guerras, genocídios, hecatombes e torturas que aconteciam, sim, mas longe de nós em países distantes e selvagens, nós vivíamos seguros com nosso dinheiro guardado em um banco respeitável ou nas mãos de um honesto corretor da Bolsa - nós fomos informados de que esse dinheiro não existia, era virtual, feia ficção de alguns economistas que não eram ficção, nem eram seguros, nem respeitáveis. Tudo não passava de mau teatro com triste enredo, onde poucos ganhavam muito e muitos perdiam tudo. Políticos dos países ricos fecharam-se em reuniões secretas e de lá saíram com soluções mágicas. Nós, vítimas de suas decisões, continuamos espectadores sentados na última fila das galerias.
Vinte anos atrás, eu dirigi Fedra de Racine, no Rio de Janeiro. O cenário era pobre; no chão, peles de vaca; em volta, bambus. Antes de começar o espectáculo, eu dizia aos meus actores: - "Agora acabou a ficção que fazemos no dia-a-dia. Quando cruzarem esses bambus, lá no palco, nenhum de vocês tem o direito de mentir. Teatro é a Verdade Escondida".
Vendo o mundo além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades, etnias, géneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel. Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida.
Assistam ao espectáculo que vai começar; depois, em suas casas com seus amigos, façam suas peças vocês mesmos e vejam o que jamais puderam ver: aquilo que salta aos olhos. Teatro não pode ser apenas um evento - é forma de vida!
Actores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!»
Augusto Boal,
segunda-feira, março 23, 2009
domingo, março 22, 2009
sábado, março 21, 2009
AMAR OS POETAS
O POEMA
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne.
Sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva onde nascem
as raízes minúsculos do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
rios, a grande paz exterior das coisas,
folhas dormindo o silêncio
- a gora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo eu seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as casas deitadas nas noites
e as luzes e as trevas em volta da mesa
e a força sustida das coisas
e a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra a carne e o tempo.
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne.
Sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva onde nascem
as raízes minúsculos do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
rios, a grande paz exterior das coisas,
folhas dormindo o silêncio
- a gora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo eu seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as casas deitadas nas noites
e as luzes e as trevas em volta da mesa
e a força sustida das coisas
e a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra a carne e o tempo.
sexta-feira, março 20, 2009
Primavera!!!
De Tarde
Naquele pique-nique de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
Cesário Verde
Primeiro livro de poesia para telemóveis
O Centro Atlântico, o mais antigo site de conteúdos para a Sociedade de Informação, apresenta, na próxima semana, uma proposta literária, sem dúvida, original. Um livro com 100 poemas de outros tantos autores portugueses, mas em linguagem e versão SMS, prontos para serem copiados e enviados via telemóvel. Os seus responsáveis apresentam o projecto como o primeiro livro de poesia em Portugal para telemóveis e decidiram chamar-lhe "A Alma Não é Pequena", que é como quem diz "a alma n e pekena".
Esta antologia, da responsabilidade do Centro Atlântico, o mais antigo site de conteúdos, propõe-se percorrer os dois últimos séculos da poesia portuguesa, escolhida e assinalada para caber numa só mensagem escrita, as conhecidas SMS`s. De Almeida Garret a Jorge de Sena, de Alexandre Herculano a O`Neill, passando por António Nobre, Camilo Pessanha, Texieira de Pascoaes, Mário de Sá-Carneiro, Manuel Alegre, José Luís Peixoto, Vasco Graça Moura, Sophia de Mello Breyner Andressen, António Gedeão, Natália Correia, Al Berto, Fernando Assis Pacheco, Francisco José Viegas, só para citar alguns dos 100 autores que integram o projecto.
O livro, com 128 páginas, terá um preço recomendado de 11 euros e estará à venda nos locais habituais (leia-se livrarias) a partir da próxima semana. O Centro Atlântico apresenta a sua obra como o primeiro livro de poesia em Portugal para telemóveis e a sua organização ficou a cargo de Valter Hugo Mãe e Jorge Reis-Sá, ambos com contribuições poéticas pessoais no livro.
O livro contém o poema inteiro, de onde a frase é retirada e, a negrito, a versão SMS que inclui o nome do autor e a obra da citação. Por exemplo: "E qt + t perco + t encntr/morrndo e renascndo e sp prnto/p em ti m encntrar e m prder/Manuel Alegre em ´Teoria do Amor`"; ou ainda "n sei q dia é pq t amo/Sebastião Alba em ´A Noite
quarta-feira, março 18, 2009
terça-feira, março 17, 2009
Festival de Bibliofilmes
Biblioteca Lisboa - Bibliotecas Municipais
Actividade / Evento O 2º BiblioFilmes Festival - Aventuras Cinematográficas
Descrição A Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Lisboa, foi o local escolhido para acolher 2º BiblioFilmes Festival – Aventuras Cinematográficas Baseadas em Livros, que irá decorrer nos dias 22 e 23 de Abril (Dia Mundial do Livro).
O BiblioFilmes é um festival de cinema para filmes e vídeos que sejam inspirados ou baseados em livros, bibliotecas, literatura, personagens literárias ou géneros literários, constituindo um evento dividido em três capítulos:
O primeiro é o Curtas BiblioFilmes destinado a curtas-metragens inspiradas em livros e/ou bibliotecas, com duração até 30 minutos;
O segundo é o BiblioFilmes: Livros, Bibliotecas, Acção!, um concurso de vídeos, disponibilizados no YouTube, com duração máxima de três minutos e 14 segundos;
O terceiro capítulo é o Prémio Trailer de Livros da Língua Portuguesa, com o qual se pretende premiar os melhores trailers produzidos para livros publicados, com duração máxima de cinco minutos.
Os leitores e eventuais concorrentes poderão encontrar todas as informações sobre esta iniciativa no seu sítio oficial, em http://BiblioFilmes.com ou no blogue http://BiblioFilmes.blogspot.com.
Morada Departamento de Bibliotecas e Arquivos - Avenida da República, nº 21, 2º
Data de Início 22-04-2009
Data de Fim 23-04-2009
Horário
Contacto para Informações Tel.: 21 356 78 00 / E-mail: dba@cm-lisboa.pt
Sítio das Bibliotecas Municipais de Lisboa
segunda-feira, março 16, 2009
ARTE CASEIRA
Ainda estamos a colocar material de imagem relativo à Semana da Leitura. Este vídeo foi feito por alguns alunos do 12º, turma de Humanidades, e dá vida a Fernando Pessoa e seus heterónimos.
Etiquetas:
Semana da Leitura - Vídeo Fernando Pessoa
domingo, março 15, 2009
Dia do Consumidor
Há 38 anos, no dia 15 de Março de 1962, o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, enunciou quatro direitos fundamentais do consumidor, numa declaração ao Congresso norte-americano. Actualmente o dia 15 de Março é comemorado como o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor.
A declaração de John Kennedy terá levado ao reconhecimento internacional de que todos os cidadãos, independentemente da sua situação económica ou condição social, têm direitos enquanto consumidores.
Ao longo dos anos, desenvolveu-se a protecção jurídica do consumidor, com a multiplicação de iniciativas de regulamentação nos mais diversos países.
Em Portugal, os direitos dos consumidores têm hoje a dignidade de direitos fundamentais constitucionalmente consagrados, estando a ser elaborado um projecto de Código do Consumidor.
sexta-feira, março 13, 2009
Sexta-Feira 13
Hoje é o dia tão popularmente conhecido como dia de azar. O treze é um número perseguido pela má sorte e a sexta-feira marcada por momentos menos bons da história. Já teve algum azar hoje?
Inês Carranca | destak@destak.pt
Juntando o 13 e a sexta-feira, dia em que Jesus foi crucificado, temos um dia de azar. Esta é uma superstição partilhada por muitos e temida por alguns. Este é um dia perseguido por várias histórias e mitos.
No dia 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo Rei Filipe IV de França e os seus membros foram presos, torturados e executados por heresia.
Na última Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram tragicamente dias depois.
Também a mitologia nórdica não esquece este dia. Conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, o espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser convidado e numa briga que originou, morreu Balder, o favorito dos deuses. E também, a deusa do amor e da beleza Friga, está envolvida nesta origem do dia de azar.
Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança desta maldição, Friga reunia-se todas as sextas com outras onze bruxas e um demónio, treze no total, e rogavam pragas aos humanos.
Assim reza a história de que sexta-feira 13 é mesmo um dia de azar.
Se não é triscaidecafóbico, ou seja, se não tem um medo irracional e incomum do número treze ou se não é frigatriscaidecafóbico, medo específico da sexta-feira 13, este dia deve ser tão normal como os outros.
Ou não?
Inês Carranca
quinta-feira, março 12, 2009
Dia Internacional do Livro Infantil
Atenção à mensagem Alunos de Espanhol
Yo soy el mundo, y el mundo soy yo,
porque por medio de mis libros puedo ser lo que quiera.
Palabras y dibujos, prosa y verso
me trasladan a lugares que están cerca y a la vez lejos.
En la tierra de los sultanes y del oro,
mil historias que hablan sobre todo
de alfombras voladoras, genios de lámparas maravillosas,
ogresas y simbades, le cuentan sus secretos a Sherezada.
Con cada palabra de cada página,
viajo a través del espacio y del tiempo.
Y sobre las alas de la fantasía,
mi espíritu atraviesa tierra y mar.
Cuanto más leo, más comprendo
que con mi libro siempre estaré
en la mejor de las compañías.
Translation: Paula Sanz
quarta-feira, março 11, 2009
sábado, março 07, 2009
Su Blackwell - Esculturas a partir de Livros
Su Blackwell cria objectos de arte a partir de livros. Lê-os para se inspirar, antes de utilizar um bisturi e cola para construir miniaturas dignas de um museu de enredos
Etiquetas:
Uma nova maneira de ler
quinta-feira, março 05, 2009
SEMANA DA LEITURA - DIA PESSOA
terça-feira, março 03, 2009
SEMANA DA LEITURA
PROGRAMA
3 de Março
8:10, 11:40 e 15:50 - A Roda do Livro (actividade em sala de aula)
21:00 - BIBLIOTECA
Tertúlia Literária (Des)Encontros de Leitura
3 de Março
8:10, 11:40 e 15:50 - A Roda do Livro (actividade em sala de aula)
21:00 - BIBLIOTECA
Tertúlia Literária (Des)Encontros de Leitura
segunda-feira, março 02, 2009
SEMANA DA LEITURA 2009
Mais uma vez o Departamento de Românicas organiza a SEMANA DA LEITURA. De 2 a 6 de Março haverá várias actividades dinamizadas tanto por professores como por alunas. Desta forma, o PLANO NACIONAL DE LEITURA vai, também ganhando forma.
Ao longo da semana faremos a reportagem dos eventos.
PROGRAMA
2 de Março
10:00h - Abertura da Exposição
Divulgação dos trabalhos dos alunos (Átrio da Escola)
11:40h, 14:10 e 15:50 - A Roda do Livro
Actividades em sala de aula
Etiquetas:
Semana da Leitura - abertura - 2009
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