NOTA PRÉVIA: 1º - Sou apaixonada por Vieira da Silva. Acompanha-me há já muitos anos. Nunca me canso de olhar para as suas telas, nunca paro de descobrir novos labirintos e este ano é também o ano de Vieira da Silva, como já demos nota mais abaixo. 2º - Adoro as capas do Jornal de Letras (JL); guardo religiosamente algumas (as do antigo suplemento Mil Folhas, do jornal Público, também eram soberbas e estão guardadas com as do JL).
Posto isto, o que faz uma pintora aqui? Porque pintou muitas Bibliotecas; porque O JL da primeira semana de Junho dedica-lhe bastante espaço a propósito de um conjunto de cartas inéditas tornadas públicas. João Gaspar Simões, Agustina Bessa Luis e Mário Cesariny revelam-nos uma outra Vieira da Silva. Correspondências, a editar em Setembro pela Assírio&Alvim, documenta a relação da pintora com o poeta e artista plástico Mário de Cesariny.
Pela casa de Vieira da Silva e Arpad Szenes, em Paris, passaram muitos artistas portugueses. É com um sorriso de muito humor que transcrevo a abertura do artigo no JL sobre a passagem de um deles: "Certa vez que Jorge Martins passou uma temporada na casa Maria Helena Vieira da Silva em Paris, enquanto a pintora foi para a casa de campo em Yevre, ela pediu-lhe que arrumasse a sua biblioteca. O pintor tomou a tarefa a peito, procedendo a uma meticulosa arrumação de A a Z, por autores e géneros, como mandará a ciência do mais eficiente bibliotecário. Difícil terá sido esconder um assomo de orgulho perante a obra feita. Vieira, porém, estranhou o critério adoptado. «Queria que tivesse arrumado por cores e tamanhos», comentou". Era assim a Bicho.
Ana, Isabel, Ana Cláudia, Maria do Carmo, como ficaria bonita a nossa biblioteca arrumadinha assim, não concordam? Mas, se calhar, os critérios estéticos para hierarquizar os tamanhos e as cores levantariam mais dúvidas do que seguir o Catálogo!
Para saber mais, consultar o JL na nossa Biblioteca, ou seguir o link na nossa barra direita.
As fotos são retiradas também do jornal. A segunda foto é uma quase distorção feita por mim a partir de um retrato da artista feito por Arpad Szenes.
Adenda: peço desculpa à Ana, à Isabel e à Ana Cláudia por as ter pendurado assim, mas a máquina está a vencer-me e depois de uns bons minutos neste post não me apetece apagar e começar tudo de novo. Também não ficam mal assim!!
2 comentários:
Também me podias ter pendurado. Acho que nem todas vão ver como ficaram...
As bibliotecas são o refúgio das almas,embora haja tantas viagens nas páginas dos nosso livros... Cores e Tamanhos... e alguém sugeriu:por ordem de aquisição,também, se faz favor, porque viajar de uma biblioteca para outra, tem que se lhe diga!
Um abraço,
Teresa H.
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